
No Brasil, a primeira sondagem com o objetivo de encontrar Petróleo foi realizada em São Paulo, entre 1892-1896, por Eugênio Ferreira de Camargo. Ela atingiu a profundidade de 488 metros, mas o poço produziu somente água sulfurosa. Foi somente em 1938 que se descobriu óleo, em Lobato, na Bahia.
Em 1968 foi descoberto o primeiro campo petrolífero na plataforma continental brasileira, em Sergipe. A partir daí, muitos poços foram perfurados.
Gostaria de saber mais sobre o petróleo, etapas de extração, perfuração e amostras geradas neste processo? Leia este conteúdo até o final.
Breve introdução sobre o Petróleo

O petróleo é uma mistura complexa de hidrocarbonetos e quantidades variáveis de não-hidrocarbonetos. Em suma, é gerado a partir da transformação da matéria orgânica acumulada nas rochas sedimentares, quando submetida às condições térmicas adequadas.
Quando ocorre no estado líquido em reservatórios de subsuperfície ou em superfície, é denominado de óleo (ou óleo cru, para diferenciar do óleo refinado).
É conhecida como condensado a mistura de hidrocarbonetos que encontra-se no estado
gasoso em subsuperfície e torna-se líquida na superfície.
Já o termo gás natural se refere à fração do petróleo que ocorre no estado gasoso ou em solução no óleo em reservatórios de subsuperfície.
Etapas de extração do petróleo
O petróleo é um recurso natural abundante, porém sua pesquisa envolve elevados custos e estudos complexos.
Um poço de petróleo pode ser considerado como um projeto de engenharia, assim, exige que uma série de premissas e variáveis sejam obedecidas, a fim de que a intervenção seja otimizada em tempo, custo e segurança adequados.

O petróleo, assim como qualquer bem mineral, possui etapas bem definidas para que a sua extração seja realizada. Aqui podemos sumarizar de forma resumida 3 delas: prospecção, perfuração e extração.
Prospecção
Essa etapa é a primeira a ser realizada e tem como objetivo realizar estudos e aplicar métodos que identifiquem a existência do petróleo em um determinado local. Essas análises são feitas em bacias sedimentares e são utilizados diversos métodos diretos e indiretos. Para isso, reúnem-se geólogos, geofísicos e paleontólogos, entre outros especialistas, para realizar as pesquisas necessárias.
Perfuração
Nesta etapa as jazidas de petróleo são descobertas e são feitos vários poços nas redondezas, para definir os limites da jazida e avaliar o volume das reservas. A perfuração é um processo destrutivo, onde uma broca avança sobre a formação de rocha, cominuindo-a em fragmentos centimétricos a milimétricos.
Pode ser feita em terra, através de sondas de perfuração, ou no mar, com o auxílio de plataformas marítimas, a depender de onde mineral o bem foi encontrado.
Extração
A extração é influenciada pela quantidade de gás acumulado na jazida. Se ela for grande, poderá empurrar o óleo até à superfície, sem necessidade de bombeamento, pelo menos na fase inicial de produção, bastando instalar uma tubulação que comunique o poço com o exterior. Se a pressão do gás for fraca ou nula, será preciso ajuda de bombas de extração.
Além dos conceitos citados acima, podemos classificar o tipo de perfuração de acordo com a direção:
- Poço vertical: a sonda e o alvo (ou objetivo) estão na vertical;
- Poço direcional: qualquer poço em que a perfuração não é feita na vertical;
- Poço horizontal: feito na horizontal, especialmente para garantir um maior aproveitamento do petróleo.

Amostras de rochas e fluidos gerados no processo de exploração e produção de petróleo e gás natural
Amostras são porção de rocha, sedimento ou fluido extraído do poço, da superfície do fundo oceânico ou da superfície terrestre.
De acordo com a ANP, as seguintes amostras são coletadas no âmbito das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural nas bacias sedimentares brasileiras:
- Testemunhos de sondagem e seus respectivos plugues;
- Amostras de calha;
- Amostras laterais;
- Amostras de fluidos;
- Rochas ou sedimentos obtidos em levantamentos terrestres ou de fundo oceânico.
- Lâminas delgadas, bioestratigráficas e seções polidas;
- Perfilagens de testemunhos;

Plugues
Frações, de formato geralmente cilíndrico, obtidas a partir de testemunhos e utilizadas normalmente em ensaios petrofísicos para a determinação da porosidade e permeabilidade de uma rocha reservatório.
Amostras de calha
Bioestratigráfica: Tipo de lâmina que é preparada com técnicas especiais para a preservação, concentração e recuperação do conteúdo fossilífero de uma rocha. A análise de tais lâminas visa essencialmente à datação relativa e a determinação do paleoambiente de sedimentação.
Delgada: Tipo de lâmina que é preparada com fragmentos de rocha polidos até alcançar fina espessura e que visam à observação ao microscópio petrográfico de luz transmitida (provido de adaptações para análise microscópica de rochas).
Ambas visam à determinação do conteúdo mineralógico da rocha e suas microestruturas.
Amostras laterais
Amostras obtidas na parede do poço, de formato aproximadamente cilíndrico, cuja obtenção visa preservar a estrutura da rocha e proporcionar segurança quanto à profundidade da extração.
Fluidos
Substâncias que não exercem resistência a forças tangenciais ou de cisalhamento, se deformando continuamente e tomando a forma do recipiente no qual está contido. Exemplos: água, gás e óleo.
Testemunho de sondagem
Amostra obtida em poço, geralmente de formato cilíndrico, cuja obtenção visa amostrar estratos específicos de rocha, preservando suas características estruturais, e com precisão na profundidade de extração.
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Referências
Instituto Fisiomar: http://institutofisiomar.com.br/blog/?p=2103
Etesco: https://etesco.com.br/extracao-de-petroleo-como-e-feito-esse-processo/ e https://etesco.com.br/perfuracao-quais-os-tipos-existentes/
Igeológico: http://igeologico.com.br/perfuracao-de-pocos-de-petroleo-panorama-geral/
Livro: Geologia do Petróleo